sexta-feira, 30 de março de 2012

SONHO

Faço chover pingos de chamados
Molhando teus pés

Corre o rio
Nasce em mim
Uma floresta de sonhos
Na desordem do jardim

Uma confusão de flores
De horrores, espinhos e frutos

Quem puder apanhe-os
O que restar 
Fica pra quem já não tem vontade
Já perdeu a razão
Já é feito vilão

Quem corta o fruto?
Quem o torna suco?

Ó Deus
Que não haja ruídos no estômago 
Que não fique viva uma só sede

Que desordem
Ordene-se
Seja de cada boca os sabores que produzir
O que de graça se da  nesse bom jardim

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